Vassalagem perdida nos becos
Não há orixá que dê jeito
Se não tenho fascínio
Peço proteção aos que me regem
Para que nada de mal me aconteça
Nem praga e nem quebranto
Vou até acender uma vela pro meu santo
Para que se esqueça se tenho graça ou encanto
Detesto o fanatismo e elogios
Anjo que me guarda não me deixe só
Prefiro a lucidez dos que ficam quietos
Aos que blasfemam o que não sou
Inventam uma poetisa perfeita
Que passa longe das minhas veias e vestes
Eu rio para disfarçar meu rancor
Detesto parecer o que não sou
Olhos de seca pimenteira
Não me seque, não me queira
Não me cobice, nem me deseje
Sou erva daninha arranque-me de ti..
Procure outro caminho que eu não estou aqui...
Não há orixá que dê jeito
Um sentimento não correspondido..
Vassalagem perdida nos becos
Na janela que não abrirei...