AMOR COM TÍTULO DE POSSE!

Onde anda você

que não vem?...

Pensa que sou estopim

que explode por nada

pra você zombar de mim?

Cada dia, cada hora,

cada minuto e segundo

cada noite é um açoite

de vendaval fecundo

um sem dormir sem par,

só saudade a atacar...

olho arregalado para lhe sonhar...

Olhos castanhos profundos, cabelos negros,

pele macia, cor entre o estanho cigano e o cobre,

um ar gigante inteligente antanho e nobre,

se apodera, se apossa de mim ...

como devoluto latifúndio, enfim...

Até essa arrelia sua da minha dor crua, dá alegria nua,

tudo que me faz pensar faz sentir seu cheiro

de mato brejeiro a arder no travesseiro.

Sertaneja nordestina,

desde que lhe vi aqui

amar você é minha sina!

Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 04/03/2010
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