Amor, linguagem ambígua
O azar e a sorte
Caminham lado a lado
Assim como vida e morte
Santidade e pecado
Ser poeta é como maldição
Com suas fantasias e realidade
Entre inspiração e criação
Falando de amor e saudade
Vida própria, vida alheia
Côncavo e convexo
Vai tecendo sua teia
Formando rimas e versos
Vai descortinando véus
Palavras verdadeiras ou fingidas
Por vezes criando repulsas com o próprio fel
Ou admiradores de sua própria vida
Inspiração é o “próprio eu”
Inconsciente meu preenchendo linhas
Coração azul-verão ou cinza-inverno
Sucumbindo entre o céu e o inferno
Fala do amor que corre na veia inspirando beleza
Mas quando abre ferida sangra até a morrer
Já não há beijos, não há rosas na natureza
Linguagem ambígua acaba por nascer