Velho banco
Velho banco de madeira
Que eu usei na minha infância
Para sentar e sonhar
Ou brincar de cavalinho
Onde eu era o mocinho
Perseguindo bandoleiros
Em minhas imaginações
Quando apenas a fantasia
Levando-me para longe
Da realidade deste mundo
Para o mundo de um piá
Que cresceu e se tornou adulto
Mais este banco jamais esqueceu
Velho banco de madeira
Toscamente fabricado
Por meu avô, a seu filho.
E hoje é de outro neto
Que meu amado filho me deu
E quando a saudades aperta
Neste banco eu venho sentar
Com meu neto no colo
Sinto minha infância passar
No pátio onde eu brincava
E neste banco que eu montava
Fingindo ser meu cavalinho
Hoje vejo meu neto querido
Montando este mesmo banco
Revivendo minha infância.
Volnei Rijo Braga