A velha dor

“A gente sempre destrói aquilo que ama”

Ainda que sem sentir, ainda que sem querer,

Ainda que lutando na chuva, se jogue na lama,

Ainda que não se diga que se esta a sofrer.

Palavras inocentes que trazem escondido o fel,

Atravessam meus ouvidos, enquanto finjo não me importar,

Mas me dói o coração, tão acostumado ao mel,

Desmorona-me a estrutura, enquanto vejo a ilusão se dissipar...

Ah! A linha que separa a dor e o amor é fina

E parece-me que a atravessei sem perceber...

A solidão parece ser minha sina.

Ainda que te ame como um louco

Não sou capaz de te aceitar magoando-me,

Ainda que tudo isso seja ilusão, e dure pouco.

Eduardo Macário
Enviado por Eduardo Macário em 04/03/2010
Código do texto: T2118826
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