Fantoches

Minha alma esta na beira do meu corpo

Esta me atravessando

Esta me deixando candidamente louco

E pouco a pouco...

Vai se revelando

Surgindo de mim um outro

Talvez ela própria em chamas

Talvez ela me chamando

Ou gritando em meus tímpanos

Pela paz dos pântanos

Do meu interior se aguçando

Querendo mostrar o insano

E o dissabor de não ter corpo

Minha alma...

Então usa meu corpo

Meus dedos

Meu gozo

Infiltra se

Na minha mentalidade

Faz de mim

Um fantoche

Faz de mim

Um escravo recém liberto

Faz de mim

Tantas coisas...

Faz de mim

Inclusive um poeta

Revolucionário

Buscando o sereno e a calma

Querendo entender

Por que as portas estão abertas?

Querendo entender

Querendo entender

A própria alma...

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 03/03/2010
Reeditado em 23/03/2011
Código do texto: T2118405