A Poesia

A Poesia

A tua graça estranha rege o meu destino...

Com peito de ouro e rubro me fizeste em paixão.

Em meus desejos fizeste morada, e a desatino,

por teu amor eloquente me prendeu o coração.

As entranhas pertencentes, e ambiciosas do medo,

que são no teu corpo de uma fragrância desejosa

designaram em mim tentações, e em segredo

eu as tenho nas mãos, sem que imperes, formosa.

Como és de mim a vida, o som, o ar...

Mais do que pude ergui-me, aos devaneios loucos.

E como pusestes aos céus as minhas noites de luar,

condenado em ti, vejo-me findar, aos poucos.

Tu és a tormentas que me constrói à eternidade...

O fastigioso mal que me impera, para o amor nobre;

é quem me falta à vida, nos dias de saudade...

Mas é a que me ama! que me intui, e que me cobre!

(Poeta- Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 03/03/2010
Reeditado em 04/03/2010
Código do texto: T2118396
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