Poeta Livre



Assim tem de ser o poeta,

sem barreiras e garrotes!

Suas palavras, são cavalos a trote,

indomáveis e loucas,

ou então mais não serão,

que burros mansos, caminhando pachorentos

em eterno quebranto, em busca de outros ventos!


Um poeta,tem de ser louco, afoito e destemido,

liberto de preconceitos!

Um poeta, não mede as palavras

com fita metrica e fio de prumo!

Um poeta nas suas crenças,

Tem de ser Uno!


Um poeta não tem espátulas,

para alisar a aspereza das palavras!

Um poeta, é libertino, indingente,

E revoltado…

Um poeta é um monumento ilusório,

E inacabado…!



Porque o poeta livre… dorme ao luar,

Dorme debaixo das estrelas,

Mesmo em noites de bréu.

Um poeta na sua loucura,

põe mais ensinadura,

Na alma de muita gente!

Porque apesar de louco, o poeta,

Como muita gente lhe chama,

É por vezes, o único interprete,

Daqueles, que tanto se querendo,

Por vezes se acabam, morrendo..

Sem ousar, sentir o calor da paixão

de quem ama, e da sofreguidão

Daquele que é amado!!

Poeta é herói corajoso,

imbatível, eterno!

É um Deus em tom Maior!

Um poeta, é o testemunho sem data

Eminente e expontâneo,

Que por distinto que seja o seu inicio,

foi gerado e terminado,

no mesmo vicio...


O Vicio do verbo Amar!!.
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 08/08/2006
Reeditado em 25/05/2010
Código do texto: T211720
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