O reflexo.
Não vejo novidades no caminho
As mesmas pedras provocando calos,
O verde do marasmo sem abalos,
A multidão tangida para o ninho.
Aquele que ama a rosa ama o espinho
E amará ainda mais quando tocá-lo;
Quando a traição da carne relembrá-lo,
Nenhum amante sofrerá sozinho.
De alma fendida no vago lirismo
Sofrendo as dores num pranto qualquer,
Pois os caminhos flertam com o abismo
E um espelho te mostra o que bem quer,
Outra face sem paz do narcisismo
Que te afoga nos olhos da mulher.