FRAGOR

É bom desse jeito

Mantendo brando o fragor da alma

Entregando a emoção ao vento

Deixar dormir no sereno

Os beijos de amor

O teimoso pensamento

Enganando o arrepio que corre o corpo

Fugindo do perigo de se ver por dentro

E as armas no chão

Ter que depor

Afogar em ânsias o torpor

Porque se foi o ponteiro das certas horas

Do incerto tempo

Melhor acreditar que há depois

E aquilo que sofre em um

Possa transformar-se em prazer

A dois