limbo
Sempre assim escrevi
Profecias, ias, ecos
Me reduzo a cacarecos
Já que a vida é feita assim
Mastigada, já sem sal
Hoje se escreve assim
Sem régua e sem compasso
Enquanto finjo que faço
Me convenço que sou
Desse jeitão ocidental do Ser
De ter as mãos a posse
Represento eus
E defendo os meus,
Nesse mundo horizontal
Ao horizonte de fronte
Ao abismo sem ponte
Ismo primitivo se apavora
Frente a natureza
Humano,
Empalida-se!
O homo só não
Sapiens que a solução
Invalida-se.