limbo

Sempre assim escrevi

Profecias, ias, ecos

Me reduzo a cacarecos

Já que a vida é feita assim

Mastigada, já sem sal

Hoje se escreve assim

Sem régua e sem compasso

Enquanto finjo que faço

Me convenço que sou

Desse jeitão ocidental do Ser

De ter as mãos a posse

Represento eus

E defendo os meus,

Nesse mundo horizontal

Ao horizonte de fronte

Ao abismo sem ponte

Ismo primitivo se apavora

Frente a natureza

Humano,

Empalida-se!

O homo só não

Sapiens que a solução

Invalida-se.

Fernão Bertã
Enviado por Fernão Bertã em 02/03/2010
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