Bagagem.
Azuis foram seus dias bêbados
e verde a sua boca de palavras meigas
a cuspir o pacto de nossos cabelos engabelados
em cada amplidão que bebeu o vermelho
na primavera quente de olhos
termômetros engarrafados nos pensamentos soltos
de tantas direções corretas em nosso despir
na fantasia de arrebentar os seus sorrisos
em manhãs que nem vi no ar
e molharam qualquer coisa de sons
em nossas peles molhadas de orvalho matinal
nos desenhos germinados do ventre da dor
que explode silenciosamente suas lágrimas
internos gritos sufocados pedidos
inverno de um canto mudo
triste na garupa do tempo
de malas e lenços _ nuvens pastéis_