Fica...
Não vá... Ainda não é o tempo
De nos deixarmos, perdidos, alheios.
Descansa tua ânsia de evadir-se,
O tempo ainda não nos deu o sinal.
Senta e repousa tua cabeça em mim,
Faço-te um café forte depois, pensa!
Em quantas chuvas já nos molhamos?
Quantos vendavais suportamos?
Partir, ir-se assim sem a poesia
Que me jurastes escrever um dia?
O apelo do tempo reafirma a má hora.
Vem, aquece-te em minh’alma aflita,
Pressentida da perda e do medo da dor.
Não vá ainda... O tempo não chegou.