Olhar

Olhar profundo, forte e possesso,

Impetuosidade e invasão em todas as cores.

Não importa ser verde como o fundo dos oceanos,

Desprezo a associação com o azul do céu,

Mantenho comuns os castanhos.

Analiso o mistério envolvente em cada um.

Qual o nível de bondade ou maldade que eles direcionam?

Que poder é esse que intimida e desnorteia?

Como pode desarticular pensamentos em exposição?

Um olhar simples:

Dá nota,

Escolhe vidas,

Estraga famílias.

Um olhar agradável:

Estimula a saída do buraco,

Faz chegar á uma linha de chegada,

Aproxima as garras do topo.

Um olhar áspero:

Agride o dia,

Faz sangrar o coração da criança,

Acaba com uma ciranda.

Os olhos contemplam e divergem,

Distorcem fatos por instintos perversos.

Tem uns que são como pedras raras,

São preciosos,

E dedica o melhor brilho.

Esses não escondem o calor da alma,

Vibram e são transparentes á um sorriso.

Gostam de simplicidade e humildade,

Brincam quando há pingos de tristeza.

São muitos olhos,

São registros, medos e fantasias.

Eles abrigam o mundo,

E faz o resto da matéria reagir.

No meio de multidões

Pequeninos conservam segredos.

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 01/03/2010
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