FOLHA SECA

Tudo quieto.

Silêncio profundo.

Sozinho em meu quarto

Pensando estou.

Lá longe escuto

Uma homofonia de som

De violino a tocar

Que logo se esvai.

Já não escuto mais.

Novamente a quietude.

Abro a janela, olho,

Tudo insular.

De repente uma folha cai

Quebrando o silêncio

Já em noite alta e

Vagueia por entre as ruas

Passando aqui e acolá,

Some de minhas vistas

Já não a vejo mais.

Uma folha seca

Que já não vive.