LUTO
Dê-me licença! Quero passar com a minha dor;
Escondê-la de todos que me olham assustados
Em ver-me de luto fechado, chorar por amor...
O amor que perdi em meses já passados.
Que fazer se meu coração ainda sangra no peito
Dentro dos longos dias e noites mal dormidas?
Serei eu obsecada tanto assim amando desse jeito?
Respeite o flagelo de minhas crises quase contidas!
Taparei meus ouvidos. Não mais ouvirão meus ais!
Estou cansada, não mostarei mais a minha dor.
Prostar-me-ei no canto a beira dos altos murais.
Fecharei os olhos, tentarei não acordar desse estupor.