Qualquer
Qualquer coisa vira madrugada a dentro.
Qualquer copo serve o vinho.
Qualquer coisa paralisa as mãos,
apaga a palidez da pele fria e úmida.
Qualquer coisa atrai os ventos,
sopra o verde das folhas
quando amanhece o outono.
Qualquer coisa faço e bebo.
Um misto de pó mágico
e água de chuva.
Qualquer coisa acorda o amor
que anda vazio e calado.
Qualquer luz ilumina cenários:
Meus personagens celebram
o beijo de Apolo e Baco.
Qualquer cena é sucesso
num baile de máscaras.