Qualquer

Qualquer coisa vira madrugada a dentro.

Qualquer copo serve o vinho.

Qualquer coisa paralisa as mãos,

apaga a palidez da pele fria e úmida.

Qualquer coisa atrai os ventos,

sopra o verde das folhas

quando amanhece o outono.

Qualquer coisa faço e bebo.

Um misto de pó mágico

e água de chuva.

Qualquer coisa acorda o amor

que anda vazio e calado.

Qualquer luz ilumina cenários:

Meus personagens celebram

o beijo de Apolo e Baco.

Qualquer cena é sucesso

num baile de máscaras.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 28/02/2010
Reeditado em 14/04/2010
Código do texto: T2112381
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