Eu... Poetisa, Menina, Flor, Mulher!
Eu de olhar baixo,
cheio,
pidonho,
sereno.
Pedinte de carinho,
cafuné e
sonhos.
Eu de olhar safado,
certeiro,
de lado.
De voz macia
num sussurro rouco
A chamar-te pro amor.
Eu de pele frágil,
de ventre frutífero
De cores e olores,
parecendo flor.
Eu poeta, de palavras incertas
Expondo meus medos,
desejos,
loucuras.
Eu poetisa,
flor,
menina,
mulher!
Que ri,
chora,
ama.
Poetisa que sempre se espanta
Com as coisas que sente
Que expressa de repente
seu choro baixinho,
Calado, sozinho.
Eu em uma eterna
procura de mim, assim...
Poetisa...
Menina...
Flor...
Mulher!