rente ao muro
passo assustada
a f a s t a d a...
deixo o espaço
o espaço da calçada
um bocadinho de nada
pois logo ali ele passa
veloz, feliz
muitas vezes sem graça
quando na chuva
respinga-me a lama
do ama, desama...
mas no sol quente
também sigo rente
sem encará-lo de frente
que passe ao largo
arrancando do amor
apenas um trocado...
passe...
mas passe ao largo...
é a medida do sossego
é o réis, que por amor não pago
Foto: Taci
Praça de Casa Forte - Recife