Os olhos...

Descanso os olhos... Já sei de tudo... Faz tempo.
Mergulho em mim... Sou o rastro que ditam os teus... E ainda falta tanto... Crescer, dói infinitamente.
Aprendiz do tempo.
Lágrimas... Sulcos... Cílios e retina... Nada tem cor... Apenas a intuição.
Ainda lembro daquele tempo... Frases soltas... Gosto de boca... De Movimento.
O tempo passa... Passadas todas as máscaras... Passo, então.
Sempre falho... O despertar da escuridão...

Ainda penso... Que o mundo deve conter verdade... As demais coisas, reflexos de coisas pálidas...
Descanso os olhos... Que o mundo cubra com o manto do troco... Jogo algumas moedas... Cascas de pão.
Mergulho nas linhas de um roteiro... Alma minha... Apenas minha... Nenhum tropeço.
Molho... De chaves... Fecho as portas.
Andar em curvas?... Criatura.

Morre-se em vida... Tantas cascas... Muitas feridas...
Alarga-se o tempo... Recomeço.
Fixo os olhos... Janelas da alma... Tão tortos...
Calem-se!! Durmam em pétalas... Sei tão pouco de nada.

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