Meu tempo (3)
É que caminhamos –
com itinerário certo de visitação
e de passagem comprada –
rumo ao nosso imenso nada.
Viajamos ao futuro,
mas não soubemos limpar
o passado que nos afligia –
e que agora acusa e sentencia.
Voltando da viagem
com uns lábios contraídos,
mentido rir um gozo algum,
chegamos ao lugar nenhum.