Meu tempo (2)

Não há evolução nem novidade:

nos assusta a constatação

de tão grande realidade.

Somos pobres de tempo –

tudo o que temos

é legado do passado –

e nosso futuro - em um

quase apocalipse –

se esvai: já é mais uma ruína.

No entanto, eles, nos jornais,

fazem notícia e, na televisão,

nos geram precisão –

dizendo, sempre, que

nosso tempo é novo

e é constante a evolução.