Perceber...

Passo... Não sou a única... Sou o perceber de uma estrada... Molhada pela chuva... Face... Cabelos ao vento... Embaraço os dedos.
Moldes... Móveis e folhas soltas...
Um dia, com ares de verdade, fui o lançar de pétalas... O vento que arrepia a alma...
Fui... Não sou... Porque invento cada dia... Sou, sim, mais uma Maria.

Penso... Lanço... Agudos sentidos... Percepção.
Molhadas... Páginas... Dobrados parágrafos.
A verdade mascarada...
Na parede, guardo quadros... Imagens que crio... Que vi, em minha vida... Longa passarada.
Passareio pelos pelos... Pelas peles presenteadas... Voo pela tua estrada.

E, se o laço será nó fino, basta-me cantar... Arcar com os ditos... Arco o corpo... Entrego-me à falta de sentidos... De juízo...
Mas, inteira fico... Perceber que tanto não fiz... Que cada passo gira e gera... Gerencio cada passo... Descalço...

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