meu pobre mar

meu pobre mar

se nao me engano

ja' foi oceano

correntezas

sinuosas

ondas vultosas

traicoeiras

aguas claras

brilhantes

e azuis

hoje raras

rasantes

passageiras

fazem meu corpo

quieto

inerte

nada mais ja' me conduz

triste agora

vejo borear

a tua aurora

teus espaços

estrelas

e quantas

tantas e tantas

que são

não me cabem nos braços

nao te posso contar

enquanto eu

que preciso tanto

um maremoto

um furacão que seja

uma corrente só

é tanto

que o meu corpo deseja

que me alcance

quente

fluente

que me movimente

que me agite no peito

que me faça solto

afeito

afoito

que traga a calma

em mim

quem me acalente

por fim

a alma

jose luis lacerda
Enviado por jose luis lacerda em 26/02/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2109508