O DIA EM QUE O HOMEM DESCOBRIU A FORÇA DO TEMPO

Parecia a morte esfriando os pés,

ignorando a vontade do ser.

Lembra um espinho que explodiu a lua,

lamenta e não sabe a quem pedir perdão.

Não venha molestar, a sombra quer a luz...

Minha Nossa Senhora! A sombra quer a luz!

Estamos caminhando contra o tempo,

desperte e recolha o sentimento.

O meio é a verdade do princípio

e sempre esperamos mais um tiro.

A corda amarrada no pescoço acorda a agonia

e, agora que o perdão é acessível,

a morte vai chegando de mansinho,

percebida no espelho, esperando a hora

de ser bem vinda.

Luís César Padilha
Enviado por Luís César Padilha em 25/02/2010
Reeditado em 02/03/2010
Código do texto: T2107994
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