OS PESARES

Loquaz cospe arenga,

chusma de aleive,

verga ao atroz

e o impoluto prescreve.

O pústula empertiga-se

e merece a hóstia hebdomadária.

Combalido, engelhado,

azafama morfino,

avia impoluto,

propala compúngio.

Desazado anacoreta desaguisado,

abastado de infortúnio.

O raciocínio tergiversa as contendas.

Grenhas alvas comemoram sabugice.

Se é sandice o bem comum,

se o encômio é do facínora,

navalha no cachaço é justiça.

Se as bombas não curam

a sezão do mundo,

é porque as mentiras sedativas

não aliviam a dor da consciência.

Luís César Padilha
Enviado por Luís César Padilha em 25/02/2010
Reeditado em 02/03/2010
Código do texto: T2107972
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