Eu Sou Aquela...

Eu sou aquela

Que parece um vulcão

Que tem nos olhos as cores da aquarela

E um corpo que vive em erupção

Eu sou aquela

Que te chama de meu homem

Que faz cena e você nem dá trela

Sou aquela que a chama consome

Sou aquela que ama

Que canta esse amor

Aquela que aos outros espanta

Com o meu despudor

Sou aquela que quero você

Largado em minha cama

Lambuzando-me com um doce

Que aos poucos derrama

Sou aquela sem preconceitos

Que dá vida só quer o melhor

Sentindo você entre os seios

Num êxtase cada vez maior

Sou aquela que quer acordar ao seu lado

Mesmo não tendo dormido um minuto sequer

Sentindo seu coração descompassado

De tanto me ter como mulher

Sou aquela que te conhece pelo avesso

Que sabe de tudo o que você gosta

Aquela que te chama menino travesso

Quando com fome de amor em mim encosta

Sou aquela que capaz de tudo

E nem sequer se importa

Com o que pense o mundo

Desde que você esteja atrás da minha porta

Meu nome não interessa

Sou aquela que te faz tremer

Agora só quero sem pressa

Sentir de novo aquele prazer

Sabe que eu sou?

Ou não precisa saber?

Sou aquela que me dou

Chamam-me

Menina...

Mulher...

Querer...