Maria
corria um silêncio
na via devassa,
um corpo ausente
trafegava a esmo
era a menina da minha rua
que durante o dia
passava despercebida
dos olhos indecisos
de homens alheios
na calada da noite,
na paz do sossego,
se entregava ao prazer
na esperança de vir a ter
o que não nunca tivera
com a barriga ao vento
revelava o fruto
das noites mal dormidas e inquietas
radiante,
acariciou o ventre amadurecido.
__ é menina!!!