É SONHAR

É tarde, hora de navegar,

Azuis com pontos brancos,

luz que brilha como sinal da hora

A hora de passear, ondas suaves,

sons que se misturam...

É o mar, são os ventos que brincam de me molhar,

É a música de uma sereia que mora na pedra ilhada,

Aquela pedra que mais parece outro barco,

na ilha que mora Iemanjá.

É hora de descansar

Sobre os sonhos de viajantes

Muito além do conhecido, além do horizonte

Daquela linha que corta o limite do desconhecido

É a linha que recebe com surpresa os navegantes

Que de longe me buscam, embevecido

Essa brisa mágica na minha fronte.

É hora de voltar

Pelos cantos das pedras, pelo jogar das águas

Na “rinha” do peixe, no mergulho das aves

Na contra mão da vida ou “senão” da morte

Das rezas do velho para o homem forte

É a maravilha do mundo que me faz curvar

Esse mar, esse mar, esse mar...

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 31/05/2005
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