É SONHAR
É tarde, hora de navegar,
Azuis com pontos brancos,
luz que brilha como sinal da hora
A hora de passear, ondas suaves,
sons que se misturam...
É o mar, são os ventos que brincam de me molhar,
É a música de uma sereia que mora na pedra ilhada,
Aquela pedra que mais parece outro barco,
na ilha que mora Iemanjá.
É hora de descansar
Sobre os sonhos de viajantes
Muito além do conhecido, além do horizonte
Daquela linha que corta o limite do desconhecido
É a linha que recebe com surpresa os navegantes
Que de longe me buscam, embevecido
Essa brisa mágica na minha fronte.
É hora de voltar
Pelos cantos das pedras, pelo jogar das águas
Na “rinha” do peixe, no mergulho das aves
Na contra mão da vida ou “senão” da morte
Das rezas do velho para o homem forte
É a maravilha do mundo que me faz curvar
Esse mar, esse mar, esse mar...