Envolvo-me das luzes argênteas
ofertadas por fímbrias magnânimas
do luar investido de noite.
Cravam-se-me no peito
os raios metálicos
do último suspiro da lua,
despida de noiva,
abandonada no altar
pelo luar que a traíu
- por mim.
Entrego-me,
sem escolha,
e sobra do meu corpo
o pálido espectro de um lírio amortalhado
pelas sombras pérfidas da lua,
em agonia...
O luar uiva gritos silentes de dor.
E morre comigo.