Névoa ou nevoeiro.
Os mantos brancos do mundo,
Os sussuros dos ventos,
O grito forte da escuridão,
o Frio chão...o ausente silêncio.
Calma e feroz melodia mundana.
O flor que se esconde.
O frio que consome.
Ao fim dos mantos brancos,
á um homem,
deitado sobre seus pecados,chorando!
Buscando purificar-se nos prantos do mundo,
o céu chora.
A luz parece ter rendido-se as trevas.
O céu é negro,
como os olhos do arrependido que clama.
Perdido sozinho,ao lado de si mesmo,
preso nas mantas do nevoeiro.
O mundo parece reger uma sinfonia funebre,
E o ápice está na dor do humano vencido,
Eis o último ato,este : o grito.
De quem viu que é mais fraco do que pensa.
O mundo ao mundo dá sua sentença
Que todos ainda serão vencidos,
quando enxergarem suas próprias faces,
refletidas nas mentiras por eles criadas.
Este homem tão indefeso,
Consumido pelo medo,
E pela incerteza do fim,
Ilustra a existência humana,
Forte na sua mentira se esconder sua fraqueza
Puro, quando o tortura a dor da verdade.