Louca paixão
Sinto seu cheiro, o aroma de seu corpo amado
Embriagando-me de um desejo alucinante
Entrego-me sem reservas, sem receio, sem pudor
Meu corpo se estende, lânguido, ao seu lado
Disposto... A um bale insinuante...
Em movimentos que traduzem muito ardor...
Minhas mãos passeiam livres, tateando
Explorando o universo do prazer
Mergulhando em loucas sensações
A vida vai por entre os dedos alinhavando
Aproximando toda a ânsia de viver
Através de incessantes explosões...
Há um mistério que seduz e embriaga
Encantamento que entrelaça nossa vida
Unindo como se um, fossemos nos dois...
Nossa paixão pelo quarto se propaga
Exalando um perfume que vicia
Impedindo que se pense no depois...
Nossos corpos rolam soltos sem constrangimento
Numa dança antiga como o tempo
No compasso frenético da ilusão
Ah!... Tão leves como leve é o pensamento
Fluídos como é fluído o vento
Sonoros como soa um trovão!
Cativa aos seus encantos deixo-me levar
Deliciando-me ao percebê-lo enlouquecido
Descontrolado, descontrolando-me também...
Nos entretemos ansiosos a nos provocar
Como se tudo o mais fosse esquecido
E deixado para muito mais além...
Amá-lo é como um sagrado ritual
Que cumpro solenemente
Na mais profunda devoção...
Somos mais que um par somos um casal
Que nos aproximamos suavemente
Para explodir em louca paixão.
Priscila de Loureiro Coelho