SOZINHO
Sozinho caminho pela rua da tristeza
Minha sombra se foi a casa
Sigo sem rumo, subindo montanhas de pena
sem virgem nem anjo
de um celeste agora negro.
Sozinho alimento as histórias,
de minha vida sem assunto.
Sou o grão que o leito leva,
Sem melodia, desapareço ao vento
Abandonado, perdido sem astros.
Nem lágrimas caem nas pétalas,
nem sangue corre nos rios.
Sozinho fui ao encontro
de um amor escrito em verbo
dentro do profundo olhar
as cores já não propagam
amigos já não contam.
Se a vida é um ciclo
A minha tem nome e sobrenome
Triste Solidão.