Aquarela do Indizivel
Par em par abrem-se as janelas da alma
E uma súbita aquarela descortina
Imagens que se traduzem nas cores
De um mar tingido em esmeralda líquida
Onde repentinamente a leveza do instante brisa
Arrepia suave a sombra do perfil dos vultos
Tatuados na intimidade que da paixão alcança
E Preenche a distância com imagens e sensações
A intangível proximidade que une os fluidos
Por de sol, rumores marés, fluxo e refluxo que aglutina
No insustentável ir e vir atônito
Onde mãos cúmplices recolhem em conchas
As vozes que misturam os sons
Linguagem impronunciável dos amantes
Rabiscos poro a poro em rastros de veludo e sal