O Bêbado
Bebe e cambaleia,
para que o mundo, e
os outros fujam de ti.
Bebe tuas palavras,
porque tua língua errante
te faz desconexo e falante.
Bebe, tua vil insanidade,
porque tua falta de coragem
grita em tua beberagem.
Bebe a náusea,
sobre as pernas cambaleantes,
porque nada é mais importante.
Bebe a vida.
Nesse espetáculo triste,
porque mesmo assim ela subsiste.
Bebe a razão.
O porre manda ela embora,
e a vida não demora.