A NOIVINHA

No rostinho, sob o véu,

Da noivinha já se via

Refletido o fogaréu

Que em seu vórtice ardia.

Em oferta, no decote,

Arfantes seios morenos,

Os lábios do sacerdote

Tingiam vinho e veneno.

Sedução por todos tida,

Só cedida ao seu distinto,

Ter na fonte umedecida

O primeiro fogo extinto.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 22/02/2010
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