Meu Sol
Tem vezes que o mundo
Num ligeiro rodopio
Mostra o lado escondido sob o véu
É quando nossos olhos
Em brilhos lacrimenjantes
Se dão conta da grandeza do que vêem
Vão correndo ao coração
Numa euforia incontrolável
E balbuciam o inexprimível do real
E em amplas palpitadas
Anuncia-se a chegada
De uma nova e arrasadora emoção
Chega ao cérebro a notícia
Que seu reino se agita
E calmamente ele confere o que é que há
Com sobriedade excedente
- e não podia ser diferente -
Ele se expõe ceticamente às sensações
E nasce novamente
Pois tudo o que ele sente
É muito mais do que podia imaginar
O instante que se segue
É infinito, e quando passa
O mais bonito Sol que viu adorna o céu
E essa fênix sublime
Que revive em mim o riso
Tem um nome muito fácil de lembrar.
Eu poderia chamar de você
Mas prefiro chamar de amor.