NA TELA

As cores fazem um pouso na tela que pinto

e voam pelo infinito azul da emoção que sinto.

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A escolha do tom depende do grito dourado

que enquadra o som num branco emoldurado.

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Não quero dar bandeira para qualquer folha

e nem reproduzir a transparência da bolha.

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Mas o colorido terá que ser tão formoso

segundo o perfume que o torna mais garboso.

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Não resisto em colocar o preto no branco

pois o cinza se queima por ser um tanto franco.

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Vez por outra, sobra um respingo de lilás

onde o anil fingiu o vermelho que tem por trás.

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 22/02/2010
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