NA TELA
As cores fazem um pouso na tela que pinto
e voam pelo infinito azul da emoção que sinto.
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A escolha do tom depende do grito dourado
que enquadra o som num branco emoldurado.
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Não quero dar bandeira para qualquer folha
e nem reproduzir a transparência da bolha.
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Mas o colorido terá que ser tão formoso
segundo o perfume que o torna mais garboso.
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Não resisto em colocar o preto no branco
pois o cinza se queima por ser um tanto franco.
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Vez por outra, sobra um respingo de lilás
onde o anil fingiu o vermelho que tem por trás.