Invasão não permitida
              Margareth Defende 



De onde vens, como loucos sugadores, que não suporto,
Impõe-se, me forçam a engolir sua presença
Usam nossos fragmentos sadios, parte de nossas vidas,
Tudo gira a seu bel-prazer, e se fazem desprezíveis

Exploram nosso tempo mesmo quando não queremos,
Como invasores não tem nada a acrescentar,
Querem nos encher do nada que carregam
Vazios vem, e nos abocanham com palavras ocas

Vivem num círculo aberto, de incertezas estéreis
Escorregam suas mãos pegajosas, pegam a chave não permitida
Penetrando e roubando nossa privacidade
E arrastam, puxam, se esfregam em nossos pensamentos
Os ponteiros do meu relógio se movimenta ao seu gosto

Não me invada, falatoriais, línguas soltas.
Seres imbuídos de tanta futilidade, cheios de boas intenções
Se não pinga seu nexo, fecho meu abraço, tranco minha vida.
Não aproximem-se impondo um mundo vão.

Poderíamos escolher se não viessem fora do acesso permitido,
Quando menos esperamos, estas pessoas nos pegam desprevenidos,
Por favor, calem-se, calem, essa alma soberba,
Calando seu mundo extremo não preciso experimentar seu sabor,

Desloquem sua presença, dêem-me abertura, mas não se exponham
Fiquem nesse submundo dentro de um shopping center
O tempo é meu não é seu, não perca seu tempo, não tente,
Pois o meu delírio, é me permitir ser roubada.

Maga ( Margareth Defende ).

Paulo Siqueira Souza
Enviado por Paulo Siqueira Souza em 21/02/2010
Reeditado em 21/02/2010
Código do texto: T2099794
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