Enígma (2)

Expressão misteriosa

Que guarda segredo em seu olhar

Retrata a angustia desastrosa

De quem há muito deixou de amar

Os lábios cerrados ressequidos

Isentos de qualquer emoção

Sem vestígios dos beijos recebidos

Silenciam cada grito de ilusão

Olhos carregados de rancor

Inspiram-me ternura e piedade

A Alma agoniza em desamor

E se vê condenada à insanidade

Vulto sombrio e assustador

Que a vida já não mais alcança

Esquece que sua essência é puro amor

Pois há muito desistiu da esperança.

Medo, desespero, agonia

Tristeza, loucura e tormento

Sua face se transforma em poesia

E o poeta... Em seu sofrimento!

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 05/08/2006
Código do texto: T209897