O homem menino poeta
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2009
O homem menino poeta
Que escreve sentimento à tinta
E pinta um mundo melhor
Em seu desespero de amor
O Deus do Olimpo nascido em época errada
Que sorri o infinito
E sofre por ser tão bonito
Desconfia dos sãos ao se preocupar com os aflitos
Quer passar despercebido na paisagem
Mas gosta de ser fotografado
Nasceu encantado
Inteligente demais, capaz demais, belo demais
Até para ele mesmo
Agradece mas não entende a dádiva
E vai vivendo
Entre os pobres mortais
Pedindo a Deus para sentir-se
Igual a todos os seres
Tenta racionalizar a existência fulgaz
Os românticos prazeres
E sofre, mais e mais
Por ser simplesmente demais