DE REPENTE
De repente, mergulhada em bruma
lama sem rumo caída na vereda da ausência.
Em rajada de mau vento
meus sonhos amputados
meu sangue coalhado
na voragem absoluta.
Na mente
um turbilhão, a dúvida irresoluta.
Farsa, comédia, drama
revolta, dor, ressentimento?...
E o ódio enrubescendo em chama!
Porém
nos olhos vazios de espanto
choro de criança era o meu pranto.
Para além do entendimento
de repente, amada
de repente, o nada...
De repente... de repente!
(In 1ª Antologia Poética do Grupo Ecos da Poesia - ed. Abrali
lançada em Abril/2005, em S.Paulo-Brasil)