PARA MANOEL DE BARROS II
quando quero espairecer
deixar minha alma levinha
solto-a pela campina
sigo bailando garças
varo atalhos de rapina
ouço as glicínias
perfumadas de aranquãs
gorjeadas pelo vento
que o silêncio orvalha
é paz de passarinho
é campina bem verdinha
é aragem da manhãzinha
é encanto que murmura azul
é ardor parindo palavras
é raça de poetador!
é vôo de borboleta
é poema declamando poesia
é poeta brotando amor...