ARTISTICAMENTE

Um corpo presente completamente artístico

E a mente urgente trabalhando arduamente,

Mas indiferente ao simples princípio místico

Que termina por tornar-se bastante ausente.

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Tantos sonhos consentidos percorrendo o corpo,

Porém o sangue brilhante não bombeia a ideia.

O ideal paralelo, bem consciente do seu sopro,

Cobre o ato de criatividade como panaceia.

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Não pressente a falta do inato naquilo que cria,

Por ser farta a estrutura que dá o suporte.

Apanha a arte no ar e encerra o que recria

Inconsciente da transparência do recorte.

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Para quem não tem o espírito aberto,

Sinceramente, quebra o veio da arte nova,

Expondo o juízo irreal do que seja certo

Sem buscar na sabedoria o cerne da prova.

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Janete do Carmo

Palestina