Um conto diferente.

A beira de um precipcio

Um louco anseia a morte.

Abaixo de seus pés feridos

As rochas frias e escorregadias.

As vozes o chamam abaixo

no escuro do desconhecido

muitos corpos antes

diante da vida feridos

lançaram-se.

A noite cai rapidamente,

e a dor parece torturar o homem

a loucura,o medo

parecem maior que o precipcio.

ali,parado

observando ser o meio,

não se vê fim,

nem muito menos início,

só a duvida e o pavor.

Mas espere,

como não há saida?

quando se chega a um lugar,

por mais tortuoso que seja

tem que haver uma volta

Mas o temor da morte,

a ausencia da sorte

faz a consciencia evaporar-se

o louco diante de seu vago momento de sanidade

vendo-se preso a um cruel destino

como um inoscente menino

senta-se sobre o penhasco

e aos poucos adormece

talvez o sono o entorpeça

o quando o dia amanheça

e ele viva preso aos seus sonhos

e jamais acorde.