OS SEGREDOS DA MÚSICA
Venho de muito longe,
Tão longe que nem mesmo eu posso saber quanta lonjura há.
Mas se eu puder salvar essa estrofe me sentirei feliz.
É que meus feitos são riscados pela borda do giz,
Onde o espaço vago é preenchido pelo saber a encantar
Aquele lá do alto, que é quem realmente, nisso tudo,
E do que vale a pena, é ele quem faz.
Sabe, sou sim um instrumento,
Que ora afinado se põe a encantarolar a vida,
Que ora desafinado se põe a aprender com a vida.
Meu pai, aquele lá do alto,
Oceano infinito de provisão, sabedoria e amor.
É por ele que teço minha vida e lhe dedico o trabalho,
Que é feito pela força divina desse pai, não eu.
Eu sou apenas seu instrumento que se mantém afinado para a vida.
E quando desafino é porque me deixei perder o compasso.
Muitas vezes nem sei o que faço
Para corrigir o passo, o tom e entrar na música sem embaraço.
Aprender com o estardalhaço, que um desafinado som provoca
No mundo todo e na vida de tantas pessoas.
Eu venho de muito e muito longe,
E a cada vez para firmar-me em sua Orquestra
Onde não é proibido desafinar
Mas, buscar sempre a afinação.
1 - Por isso hoje eu quero dar a nota
E sei que ela acontece através de mim - eu sou sua flauta.
2 - E dou boas vindas a todos desafinos e afinados sons
Que saem da flauta, mesmo que mais tarde o desafino
Seja o mais afinado dos tons.
3 - E me mantenho atento a todos os sons do mundo.
4 - E faço com que a música seja boa para maior quantidade
de pessoas que eu puder.
E assim sinto a força do Altíssimo que gera a Vida.