Ao anoitecer!

Sentado em um canto escuro de um quarto vazio, ouvia ecoar o som do silêncio em seus ouvidos;

Olhava fixamente para o "nada", enquanto uma lágrima escorria por seus olhos...

Sua mente passava sua vida em segundos como flashes insanos de sua memória;

Infância, imaturidade, inocência e puperdade...

Tudo havia se passado tão depressa, que nem mesmo havia se dado conta de que a barba já modificara o seu rosto.

No espelho as marcas da vida, em sua face, em seu corpo, em sua alma...

Na garganta um grito preso, que inflamava as sua faringe...

Alguém que sorri sempre, mas na maioria da vezes encena, finge...

A dor da navalha na carne, o pesar dos anos passados;

O enfraquecimento dos dias, as feridas nos pés descalços...

As sombras do futuro, os medos do passado;

O alvorecer do dia, a escuridão do anoitecer...

Logo irá amanhecer, logo a escuridão irá embora;

Um novo dia vai nascer, e tudo voltará a ser como antes, medo, dor, lembranças, escondidos dentro de si, em seus sonhos mais distantes...

Dener Navarro
Enviado por Dener Navarro em 15/02/2010
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