** Depois da chuva**
Hoje depois da chuva
Enchi meus bolsos de brisa
A atalhos longínquos rumei
Quis tuas mãos em meus cabelos
Como quem de vida precisa
Para conceber seus apelos
Hoje depois da chuva
Soltei-me do torniquete
Quis ser fato e não descrença
Ser o braço no molinete
Fisgando mares da tua ausência
Hoje depois da chuva...
Depois dum porre de nuvens turvas
Quis do momento a intensidade
Sonhar no verso, matar saudade.
Ser para o vinho o sabor da uva...
E vida... Nossa guarida!
Sob medida... Depois da chuva!
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14/02/2010