Caminho de Esperanças

A estrada da vida é vazia e por ela eu sigo...
Sigo como quem quer seguir,
Mas meus olhos mostram esperanças que não tenho.
Eu invento esperanças pelo caminho
E elas são vazias de sentido como bolhas de sabão...
Bolhas que se enchem de nada, mas crescem
E bailam no ar até sumirem...
Lindas... Lindas bolhas de sabão!
Arrancando sorrisos de crianças
Que tentam alcançá-las, e gritam, e pulam,
E ficam felizes se apenas conseguem
Segurar uma em suas mãos...
Uma bolha de sabão... Uma esperança...
Eu sigo pela estrada vazia da vida,
Inventando esperanças sem fim
E elas bailam no ar até sumirem,
Arrancando sorrisos
Da criança em mim.

Rio/Janeiro/2000