Cest fine la utopia
O inferno,
de teus olhos,
brota,
como mamilos
de ninfetas,
que ascendem
com calafrios.
Teu ódio
Me sub–trai
Alma, corpo
E fala.
Tua paixão
Me condena
A deus
E satã.
No avesso
E desconexo;
Sem sentido
E arbitrário.
Tuas mãos,
Ariscas e selvagens.
Cercando-me
E envolvendo-me,
Como trepadeiras
Em cercas estáticas.
Meu pensamento
Já não diz
O que quero,
Ou o que sou.
Ajo solto e natural,
Como posso
E como fui.
Teu inferno -
Danti, amigo nosso –
Se instala
E me devora,
Como olhos perdidos
No prazer contrário e dúbio.
Sou força,
Matéria e dicionário.
O ser único e leal
À vida que habita,
Faz e cria.
Besta, fera
De Caim,
José e Satanás,
Desmanche a marca
E o semblante;
Distrai o mundo,
Enquanto é et continuum.